Filho de Érico Veríssimo, um dos maiores nomes da literatura nacional, Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre, em 26 de setembro de 1936. Aos 16 anos, foi morar nos EUA, onde aprendeu a tocar saxofone, hábito que cultiva até hoje – tem um grupo, o Jazz 6. É jornalista, mas “do tempo em que não precisava de diploma para exercer a profissão”. Antes de se dedicar exclusivamente à literatura, trabalhou como revisor no jornal gaúcho Zero Hora, em fins de 1966, e atuou como tradutor, no Rio de Janeiro. Casado há mais de 30 anos com Lúcia Verissimo (“não é a atriz, não é a atriz!”), sua primeira “namorada séria”, tem três filhos: Fernanda, Mariana e Pedro.

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sábado, 26 de novembro de 2011

Seriado Ed Mort estreia hoje no Multishow


O famoso detetive criado por Luis Fernando Veríssimo ganhará vida na pele de Fernando Caruso no novo seriado que será exibido no Multishow a partir deste sábado às 21h30. O seriado conta com 13 episódios e será exibido todo sábado. Ed Mort é uma sátira aos romances policiais americanos e um dos personagens de maior sucesso de Veríssimo.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Em algum lugar do paraíso: novo livro de Luis Fernando Veríssimo




Neste novo livro do mestre da narrativa curta brasileira, o leitor irá se deparar com situações inusitadas e questionamentos atemporais que permeiam a experiência humana.

Nas 41 crônicas selecionadas entre 350 para Em algum lugar do paraíso, todas inéditas em livro e escritas ao longo dos últimos cinco anos, Luís Fernando Veríssimo fala sobre a vida, a morte, o tempo, o amor, sempre com um ar nostálgico e repleto de reflexões acerca das escolhas feitas ao longo da existência.


A crônica que abre o livro traz Adão vivendo no eterno presente do Paraíso, sem passado, nem futuro, sem datas e preocupações. Isso até a chegada de Eva, que, apenas para puxar assunto, lhe teria perguntado: "que dia é hoje?". Seria este o marco que tirou a eterna paz de Adão, introduzindo a humanidade ao complicado mundo que se conhece hoje.


Em outra crônica, um homem entra num bar e se depara com as várias versões de si mesmo, revelando quem ele poderia ter sido caso tivesse feito um teste para ser jogador de futebol, ou se tivesse, de fato, se tornado um jogador, ou mesmo se houvesse feito ou não aquele gol. 

Em outra variante, se depara consigo mesmo se tivesse passado num concurso público, e seus tantos desdobramentos possíveis: se não tivesse passado, se tivesse casado com a Doralice e assim por diante. 

Dentre essas inúmeras possibilidades, Veríssimo faz o personagem e por tabela o leitor refletirem sobre as escolhas feitas ao longo da vida e os resultados delas, mas sem uma culpa ou estigma.


Em algum lugar do paraíso é um livro cheio de personagens idiossincráticos e ao mesmo tempo comuns - o papai-noel de shopping, o maître de um restaurante falido, o aposentado, a caçadora de viúvos, casais de longa data, recém-casados, casais que se separam e o solteiro sedutor. Todos possuem as mesmas inquietações, tão comuns a todo mundo.

sábado, 21 de maio de 2011

‘Meu nome é Ed Mort’, no Multishow

Luís Fernando Veríssimo negocia com o Multishow os direitos de adaptação de “Ed Mort e outras histórias”. A ideia de Guilherme Zattar, diretor do canal, é produzir uma série com 13 episódios para o ano que vem.


‘Mort’ 2

O papel do detetive que se apresenta com a frase “Meu nome é Mort. Ed Mort” caberá a Fernando Caruso, contratado do Multishow. A multiartista Letícia Novaes vai interpretar a assistente dele.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Luis Fernando Veríssimo critica postura do Inter e lamenta derrota: "Não existe explicação"



Ao ser convidado para participar na manhã desta quinta do programa Redação SporTV, o escritor Luiz Fernando Veríssimo tinha a expectativa de comentar uma bela vitória colorada. Coube, no entanto, ao célebre torcedor a missão de tentar explicar o motivo da derrota por 2 a 1 para o Peñarol, que eliminou o Inter da Copa Libertadores.

Para o gaúcho, a quarta-feira foi "macabra" para os brasileiros na competição continental e só teve a tristeza diminuída porque os demais representantes do país também foram eliminados, com exceção do Santos que se classificou na última terça-feira.


— Não existe explicação — diz Veríssimo, que sequer se preocupou em assistir ao jogo tamanha era a confiança na classificação. — Nem secar o Grêmio eu sequei, e nem vi os outros resultados. Fiquei sabendo depois, ao chegar em casa.

Veríssimo bem que tentou não dar sua opinião quanto à escalação do Inter. Mas ao fazer as vezes de comentarista, deu uma opinião polêmica: defendeu a saída do time de um de seus maiores ícones da atualidade.

— Não tenho nenhuma pretensão de ser um analista de futebol. Gosto, me envolvo, sou colorado. Mas algumas coisas são óbvias no Inter. Ninguém discute o Guiñazu. É um jogador admirável pelo empenho, se dedica, mas não é um jogador muito criativo, e ali falta um jogador criativo. Tenho grande admiração por ele, mas ele tem essa falha — disse o escritor.

Veríssimo criticou a postura do Internacional na partida contra o Peñarol, que podia empatar em 0 a 0 que garantiria a passagem para as quartas de final da Libertadores. "O que houve ontem foi uma inversão de papéis. O time que precisava ganhar, o Peñarol, jogou no contra-ataque. O time que podia empatar, jogou para a frente. Se lançou para a frente. Foi uma inversão de papéis e deu no que deu", afirmou na entrevista ao canal de televisão Sportv.


Cronista desde 1962, quando escreveu sobre a inauguração do Beira-Rio, Luis Fernando não tem a pretensão de ser um analista profissional de futebol, mas não nega ser um torcedor assíduo e que tem opiniões sobre o esporte preferido. A paixão é tanta, que ele deixa de lado até o amor que tem pela música. Ele toca saxofone no Jazz 6, que costuma chamar de o menor "sexteto" do mundo, por contar com apenas cinco integrantes. "Prefiro o futebol", revela Veríssimo que começou a acompanhar o Inter em 1946, quando tinha 10 anos.


Sobre a derrota para o Peñarol, o escritor, que costuma assistir as partidas pela televisão, se mostrou frustrado com o resultado da equipe comandada por Falcão. E revelou que o sentimento foi parecido com o revés sofrido diante do Olímpia, do Paraguai, na Libertadores de 1989, quando o time vermelho podia empatar em casa, pois havia vencido o primeiro jogo por 1 a 0, e foi derrotado nos pênaltis. Apesar da tristeza, pela desclassificação, Veríssimo pede tempo para o ídolo Falcão mostrar serviço no Inter.

"Eu como torcedor do Internacional tenho a memória do grande Falcão jogando no meio de campo. Foi um grande jogador. Completo. A gente se entusiasma só com a presença dele. É um símbolo das vitórias do Internacional. Então acho que, apesar dessa derrota e de algumas falhas, a gente deve acreditar nele porque representa muitas coisas para o Internacional. E coisas importantes", declarou.


Com viagem marcada para Paris, o cronista não estará presente em Porto Alegre nos Gre-Nais que definirão o Campeão Gaúcho de 2011 nos próximos finais de semana, mas acredita que os times, mesmo abalados pelas desclassificações, farão dois clássicos muito disputados.


"Vai ser um encontro de abalados. De sofridos. O Internacional, tem um plantel melhor. Eu sempre digo que o Inter é o maior time hipotético do Brasil. Porque tem sempre aquela hipótese do plantel mostrar um futebol exuberante e poucas vezes ele apresenta, mas a potencialidade está ali, então, acho que está mais para o Internacional do que para o Grêmio", afirmou.


Internacional e Grêmio começam a disputa pelo título do estadual no próximo domingo, às 16h, no estádio Beira-Rio. Como o tricolor gaúcho tem melhor campanha geral na competição, o jogo final será disputado no Olímpico, no dia 14, também às 16h.

    quarta-feira, 4 de maio de 2011

    Luis Fernando Verissimo de volta às origens: Escritor edita o Segundo Caderno do jornal Zero Hora desta quarta-feira (4)



     - Divulgação / clicRBS

    Foto:Divulgação / clicRBS

    Foi a mais divertida, e disputada, reunião de pauta do Segundo Caderno desde que frescuras como música, cinema e teatro trocaram as páginas do fundão do jornal por um latifúndio produtivo chamado "caderno de variedades" (ou Vale das Bonecas, segundo os colegas mais invejosos...). Isso aconteceu no final dos anos 60, mais ou menos na mesma época em que um rapaz de pouco mais de 30 anos fazia sua estreia no jornalismo na igualmente iniciante redação de Zero Hora.

    Para produzir esta edição especial pautada e comentada por Luis Fernando Verissimo, a equipe de repórteres e editores do Segundo Caderno reuniu-se na última quarta-feira com um respeitado veterano do jornalismo cultural, portanto. Bom, mais ou menos.

    Aos 74 anos, Verissimo é um dos autores mais queridos do país e também um dos que mais vendem. Mas o que o futuro escritor produziu nas paginas de ZH, entre 1967 e 1970, pode ter entrado para a história da literatura, mas dificilmente entraria para a história do jornalismo sério. O garoto aparentemente muito circunspecto, filho do escritor local mais famoso da época, contribuiu para esculhambar ainda mais um coreto que já não era lá muito santo. Produzindo pequenos textos supostamente informativos para o guia da programação cultural, o redator de poucas palavras e raros sorrisos não tinha o menor pudor em inventar lugares que não existiam (mas deveriam), como um certo CTG erótico de nome Ai Bota Aqui, e figuras do mais alto calibre social, como o grã-fino Aldo Gabarito. 

    Verissimo tinha a pachorra de assinar até mesmo a página de horóscopos – embora garanta que são totalmente falsos os boatos de que ele é a verdadeira identidade secreta da astróloga Zora Yonara (confira o talento do "astrólogo" Verissimo e uma tira inédita de As Cobras na página 11). O Rio Grande do Sul e o mundo não sabiam ainda, mas começava a nascer ali, no embrião do Segundo Caderno de Zero Hora, o escritor que conquistaria o país poucos anos depois.

    Nesta quarta-feira (3), o leitor de Zero Hora vai encontrar reportagens sugeridas por Luis Fernando Verissimo — algumas reproduzidas nesse site. Como acontece em qualquer redação de jornal, ideias de pautas muitas vezes nascem das experiências pessoais dos editores. Não foi diferente com nosso editor convidado. Saxofonista da banda Jazz 6 há 15 anos ("tocamos até em inauguração de pastelaria"), Verissimo sugeriu uma reportagem sobre a já antiga tradição jazzística da Capital (página 10). Fã de filmes italianos desde guri, pautou uma reportagem sobre a perda de influência do cinema que produziu Fellini, Visconti e Antonioni (página 9). 

    Falando nisso, durante a reunião, Verissimo contou que teve a descabida sorte de ser espectador involuntário das filmagens da clássica cena na Fontana di Trevi do filme A Doce Vida, de Fellini, com Anita Ekberg e Marcello Mastroianni. Um repórter muito cético, como devem ser todos os repórteres (até os de Cultura), desconfiou:

    — Será que o senhor não se enganou?

    — Pô, a Anita Ekberg dentro de uma fonte não dá pra confundir...

    Há ainda reportagens sobre as obras do Multipalco (páginas 6 e 7), que Verissimo esteve visitando há algumas semanas, sobre livros (página 8) e sobre "a arte de ficar" (páginas 4 e 5) — a respeito de artistas que optam por permanecer morando em Porto Alegre, como ele.

    Foi uma experiência inesquecível para o Segundo Caderno, concretizada em uma edição que, nós acreditamos, os leitores vão gostar muito também. Por tudo isso, só nos resta agradecer.

    Obrigada, Verissimo, por ter topado a brincadeira (a casa é sua, volte sempre!).

    Obrigada, Verissimo, por ter trocado o jornalismo cultural pela literatura. Os suplementos de cultura perderam em bom humor (e cara de pau), mas o Brasil ganhou um cronista inigualável.

    E obrigada, principalmente, por ter exercido a arte de ficar. Porto Alegre é muito mais inteligente, e divertida, quando o pai de Aldo Gabarito está por perto.

    Fonte: Site Jornal Zero Hora