Filho de Érico Veríssimo, um dos maiores nomes da literatura nacional, Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre, em 26 de setembro de 1936. Aos 16 anos, foi morar nos EUA, onde aprendeu a tocar saxofone, hábito que cultiva até hoje – tem um grupo, o Jazz 6. É jornalista, mas “do tempo em que não precisava de diploma para exercer a profissão”. Antes de se dedicar exclusivamente à literatura, trabalhou como revisor no jornal gaúcho Zero Hora, em fins de 1966, e atuou como tradutor, no Rio de Janeiro. Casado há mais de 30 anos com Lúcia Verissimo (“não é a atriz, não é a atriz!”), sua primeira “namorada séria”, tem três filhos: Fernanda, Mariana e Pedro.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Luis Fernando Veríssimo critica postura do Inter e lamenta derrota: "Não existe explicação"



Ao ser convidado para participar na manhã desta quinta do programa Redação SporTV, o escritor Luiz Fernando Veríssimo tinha a expectativa de comentar uma bela vitória colorada. Coube, no entanto, ao célebre torcedor a missão de tentar explicar o motivo da derrota por 2 a 1 para o Peñarol, que eliminou o Inter da Copa Libertadores.

Para o gaúcho, a quarta-feira foi "macabra" para os brasileiros na competição continental e só teve a tristeza diminuída porque os demais representantes do país também foram eliminados, com exceção do Santos que se classificou na última terça-feira.


— Não existe explicação — diz Veríssimo, que sequer se preocupou em assistir ao jogo tamanha era a confiança na classificação. — Nem secar o Grêmio eu sequei, e nem vi os outros resultados. Fiquei sabendo depois, ao chegar em casa.

Veríssimo bem que tentou não dar sua opinião quanto à escalação do Inter. Mas ao fazer as vezes de comentarista, deu uma opinião polêmica: defendeu a saída do time de um de seus maiores ícones da atualidade.

— Não tenho nenhuma pretensão de ser um analista de futebol. Gosto, me envolvo, sou colorado. Mas algumas coisas são óbvias no Inter. Ninguém discute o Guiñazu. É um jogador admirável pelo empenho, se dedica, mas não é um jogador muito criativo, e ali falta um jogador criativo. Tenho grande admiração por ele, mas ele tem essa falha — disse o escritor.

Veríssimo criticou a postura do Internacional na partida contra o Peñarol, que podia empatar em 0 a 0 que garantiria a passagem para as quartas de final da Libertadores. "O que houve ontem foi uma inversão de papéis. O time que precisava ganhar, o Peñarol, jogou no contra-ataque. O time que podia empatar, jogou para a frente. Se lançou para a frente. Foi uma inversão de papéis e deu no que deu", afirmou na entrevista ao canal de televisão Sportv.


Cronista desde 1962, quando escreveu sobre a inauguração do Beira-Rio, Luis Fernando não tem a pretensão de ser um analista profissional de futebol, mas não nega ser um torcedor assíduo e que tem opiniões sobre o esporte preferido. A paixão é tanta, que ele deixa de lado até o amor que tem pela música. Ele toca saxofone no Jazz 6, que costuma chamar de o menor "sexteto" do mundo, por contar com apenas cinco integrantes. "Prefiro o futebol", revela Veríssimo que começou a acompanhar o Inter em 1946, quando tinha 10 anos.


Sobre a derrota para o Peñarol, o escritor, que costuma assistir as partidas pela televisão, se mostrou frustrado com o resultado da equipe comandada por Falcão. E revelou que o sentimento foi parecido com o revés sofrido diante do Olímpia, do Paraguai, na Libertadores de 1989, quando o time vermelho podia empatar em casa, pois havia vencido o primeiro jogo por 1 a 0, e foi derrotado nos pênaltis. Apesar da tristeza, pela desclassificação, Veríssimo pede tempo para o ídolo Falcão mostrar serviço no Inter.

"Eu como torcedor do Internacional tenho a memória do grande Falcão jogando no meio de campo. Foi um grande jogador. Completo. A gente se entusiasma só com a presença dele. É um símbolo das vitórias do Internacional. Então acho que, apesar dessa derrota e de algumas falhas, a gente deve acreditar nele porque representa muitas coisas para o Internacional. E coisas importantes", declarou.


Com viagem marcada para Paris, o cronista não estará presente em Porto Alegre nos Gre-Nais que definirão o Campeão Gaúcho de 2011 nos próximos finais de semana, mas acredita que os times, mesmo abalados pelas desclassificações, farão dois clássicos muito disputados.


"Vai ser um encontro de abalados. De sofridos. O Internacional, tem um plantel melhor. Eu sempre digo que o Inter é o maior time hipotético do Brasil. Porque tem sempre aquela hipótese do plantel mostrar um futebol exuberante e poucas vezes ele apresenta, mas a potencialidade está ali, então, acho que está mais para o Internacional do que para o Grêmio", afirmou.


Internacional e Grêmio começam a disputa pelo título do estadual no próximo domingo, às 16h, no estádio Beira-Rio. Como o tricolor gaúcho tem melhor campanha geral na competição, o jogo final será disputado no Olímpico, no dia 14, também às 16h.

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