Filho de Érico Veríssimo, um dos maiores nomes da literatura nacional, Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre, em 26 de setembro de 1936. Aos 16 anos, foi morar nos EUA, onde aprendeu a tocar saxofone, hábito que cultiva até hoje – tem um grupo, o Jazz 6. É jornalista, mas “do tempo em que não precisava de diploma para exercer a profissão”. Antes de se dedicar exclusivamente à literatura, trabalhou como revisor no jornal gaúcho Zero Hora, em fins de 1966, e atuou como tradutor, no Rio de Janeiro. Casado há mais de 30 anos com Lúcia Verissimo (“não é a atriz, não é a atriz!”), sua primeira “namorada séria”, tem três filhos: Fernanda, Mariana e Pedro.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cronologia: anos 80 e 90

1980 – Lança "Sexo na cabeça". Vive com a família em Nova York entre agosto de 1980 e fevereiro de 1981, o que dá origem, anos depois, a "Traçando New York", primeiro de uma série de livros sobre viagem, sempre com ilustrações de Joaquim da Fonseca.

1981 – Publicado pela L&PM, editora que lançou a maior parte de seus livros, "O Analista de Bagé" tem sua primeira edição esgotada em dois dias, iniciando a consagração do personagem, criado (mas não aproveitado) para Jô Soares interpretar num programa humorístico. 

Visitando Sócrates em Florença
1982 – Publica "O gigolô das palavras", e a crônica-título inspira o filólogo Celso Pedro Luft a batizar com este nome, em sua coluna no jornal gaúcho "Correio do Povo", uma série sobre gramática. Passa a ter uma página de humor na revista "Veja", para onde escreve até 1989. Conquista o Prêmio Abril de Humor Jornalístico. 

1983 – O livro "A Velhinha de Taubaté" transforma em celebridade outra personagem sua. Sai "O Analista de Bagé" em quadrinhos, com ilustrações de Edgar Vasques. Ganha novamente o Prêmio Abril de Humor Jornalístico. 

1984 – Publica "A mulher do Silva" e "O rei do rock". 

1985 – Lança "A mãe do Freud" e, com ilustrações de Miguel Paiva, "Ed Mort em ‘Procurando o Silva’", primeira de uma série de cinco histórias em quadrinhos protagonizadas pelo detetive. 

1986 – Mora seis meses com a família em Roma. Cobre a Copa do México para a revista "Playboy". 

Com os filhos e a mulher em Roma
1987 – "O marido do dr. Pompeu" é publicado. 

1988 – Atendendo a uma encomenda da agência de publicidade MPM, escreve seu primeiro romance, "O jardim do diabo". 

1989 – Começa a assinar no jornal "O Estado de São Paulo" uma página dominical que mantém até hoje, incluindo a série em quadrinhos "Aventuras da Família Brasil". "Brasileiras e brasileiros", seu primeiro texto escrito especialmente para teatro, estreia no Rio. Recebe o Prêmio Direitos Humanos do Movimento de Justiça e Direitos Humanos e da Comissão Sobral Pinto de Direitos Humanos da OAB/RS. Publica "Orgias".

1990 – Cobre a Copa da Itália para "Jornal do Brasil", "O Estado de S. Paulo" e "Zero Hora". Lança "Peças íntimas".

Temporada de dez meses com a família em Paris. A experiência dá origem ao livro Traçando Paris, com ilustrações de Joaquim da Fonseca. 

Posando com alguns de seus livros
1991 – Recebe da prefeitura a Medalha Cidade de Porto Alegre e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul o Prêmio de Isenção Jornalística. Publica o livro “O santinho”, para crianças (com ilustração de Edgar Vasques), e a antologia “Pai não entende nada”, para jovens. 

1992 – Lança "O suicida e o computador" e "Traçando Paris". 

1993 – Publica "Traçando Roma". 

1994 – "Comédias da vida privada – 101 crônicas escolhidas" é lançado com grande sucesso. Cobre a Copa dos Estados Unidos para "Jornal do Brasil", "O Estado de S. Paulo" e "Zero Hora", e o que vê no país se transforma no livro "América". Lança o livro infantil "O arteiro e o tempo", com ilustrações de Glauco Rodrigues, e "Traçando Porto Alegre". Volta a receber o Prêmio Direitos Humanos do Movimento de Justiça e Direitos Humanos e da Comissão Sobral Pinto de Direitos Humanos da OAB/RS. 

Os integrantes do grupo Jazz 6
1995 – Ocupa uma coluna diária na página de opinião do "Jornal do Brasil". É escolhido por um júri de intelectuais convidados pelo caderno "Ideias", do Jornal do Brasil, o Homem de Ideias do ano. Lança "Comédias da vida pública" e "Traçando o Japão". É formado o grupo Jazz 6, no qual toca saxofone. 

1996 – "Novas comédias da vida privada" dá sequência à série. Recebe a Medalha de Resistência Chico Mendes, dada pelo grupo Tortura Nunca Mais. A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro lhe confere a Medalha do Mérito Pedro Ernesto. A Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas lhe dá o Prêmio Formador de Opinião. 

1997 – Lança "A versão dos afogados – Novas comédias da vida pública" e "Traçando Madrid". Ganha o Prêmio Juca Pato, da União Brasileira de Escritores, como o Intelectual do Ano. 

Com o saxofone no jardim de sua casa
1998 – Cobre a Copa da França para "Jornal do Brasil", "O Estado de S. Paulo" e "Zero Hora". 

1999 - Deixa de publicar as tiras de "As cobras" nos jornais. Sua obra toda passa a ser editada pela Objetiva, a começar pelos volumes de crônicas "A eterna privação do zagueiro absoluto", "Aquele estranho dia que nunca chega" e "Histórias brasileiras de verão". Dentro da série "Plenos pecados", da editora, publica "Gula – O clube dos anjos". Torna-se colunista diário de "O Globo", onde escreve na página de opinião. É um dos escolhidos para receber o 3º Prêmio Multicultural Estadão, organizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

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