Dante escolheu Virgílio para guiá-lo no mundo dos mortos.
Que poeta você escolheria para a mesma missão?
(Lembre-se que pela companhia o conhecerão...).
Homero, Ovídio, Petrarca ou alguém mais moderno
para explicar o Paraíso e o lascivo Inferno?
Os franceses, nem pensar:
Verlaine e Rimbaud iriam desmaiar
e Baudelaire aderiria
à divina baixaria.
Mas Drummond, por que não? Ou João Cabral?
Bandeira, Cecília... E o Quintana, que tal?
Yeats, Thomas, Pound ou Eliot, o T.S.
ou qualquer outro que se dispusesse.
Poetas não faltam, falta o poeta certo
para nos conduzir pelo Além sem sair de perto.
Eu já escolhi meu consorte
um que sabe tudo da vida e da morte
do amor, do ciúmes, do poder e da glória
dos terrores da alma e dos tremores da História.
Seu nome é Shakespeare, o bardo ilustríssimo.
Mas dizem que seu cachê é altíssimo...
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