Filho de Érico Veríssimo, um dos maiores nomes da literatura nacional, Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre, em 26 de setembro de 1936. Aos 16 anos, foi morar nos EUA, onde aprendeu a tocar saxofone, hábito que cultiva até hoje – tem um grupo, o Jazz 6. É jornalista, mas “do tempo em que não precisava de diploma para exercer a profissão”. Antes de se dedicar exclusivamente à literatura, trabalhou como revisor no jornal gaúcho Zero Hora, em fins de 1966, e atuou como tradutor, no Rio de Janeiro. Casado há mais de 30 anos com Lúcia Verissimo (“não é a atriz, não é a atriz!”), sua primeira “namorada séria”, tem três filhos: Fernanda, Mariana e Pedro.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O GUIA (Da série Poesia numa Hora Destas?!) - Estadão (13/03/11)

Dante escolheu Virgílio para guiá-lo no mundo dos mortos.
Que poeta você escolheria para a mesma missão?
(Lembre-se que pela companhia o conhecerão...).
Homero, Ovídio, Petrarca ou alguém mais moderno
para explicar o Paraíso e o lascivo Inferno?
Os franceses, nem pensar:
Verlaine e Rimbaud iriam desmaiar
e Baudelaire aderiria
à divina baixaria.
Mas Drummond, por que não? Ou João Cabral?
Bandeira, Cecília... E o Quintana, que tal?
Yeats, Thomas, Pound ou Eliot, o T.S.
ou qualquer outro que se dispusesse.
Poetas não faltam, falta o poeta certo
para nos conduzir pelo Além sem sair de perto.
Eu já escolhi meu consorte
um que sabe tudo da vida e da morte
do amor, do ciúmes, do poder e da glória
dos terrores da alma e dos tremores da História.
Seu nome é Shakespeare, o bardo ilustríssimo.
Mas dizem que seu cachê é altíssimo...

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